25 julho, 2005

Varandas



É na varanda que os poemas emergem
Quando se azula o rio e brilha
O verde-escuro do cipreste — quando
Sobre as águas se recorta a branca escultura
Quasi oriental quasi marinha
Da torre aérea e branca
E a manhã toda aberta
Se torna irisada e divina
E sobre a página do caderno o poema se alinha

Noutra varanda assim num Setembro de outrora
Que em mil estátuas e roo azul se prolongava
Amei a ida como coisa sagrada
E a juventude me foi eternidade


sophia de mello breyner andresen

1 comentário:

Anónimo disse...

Varanda,
sol,
descanso,
reflexão,
paz,
tranquilidade,
conforto,
t-shirt,
pimentinhos padron e melancia!!!


______________AMIGAS_______________

 
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